Diferentes segmentos do Rio Grande do Sul se integram ao movimento na busca por auxílio aos agricultores atingidos pelas últimas frustrações de safras, seja em razão da estiagem do verão ado ou de anos anteriores, ou devido à enchente de 2024.
Nessa semana, a Famurs – Federação das Associações de Municípios do Estado – realizou reunião com Fetag, Farsul e Aper. Com a Fetag e Farsul, também foram discutidas formas de atuação coordenada nos grupos de trabalho instituídos pelo governo federal, onde estão em organização políticas de apoio e recuperação da atividade agrícola.
Já ontem pela manhã, a Famurs teve encontro com a Aper – Associação dos Produtores e Empresários Rurais – do Rio Grande do Sul. O diretor-secretário da Aper, Oldemar Padilha Teixeira, frisa que na próxima quarta-feira está agendada reunião entre Famurs, presidentes de todas as Associações de Municípios do Estado e agricultores para ampliar as discussões.
Oldemar Padilha disse que a Aper pediu que a Famurs se posicione favorável ao projeto original da securitização, ou seja, renegociação de débitos rurais por 20 anos, com juros de 1 a 3%. Isso porque, existe movimento para criar matéria alternativa à securitização. A Aper ainda defende que o Conselho Monetário Nacional edite nova resolução para prorrogação de dívidas mais imediatas, pois as normas divulgadas semana ada ficaram aquém do esperado.
E o superintendente de Assuntos Municipais da Famurs, ex-prefeito de Jóia, Adriano Marangon de Lima, afirma que a Federação dos Municípios faz parte do grupo de trabalho criado pelo governo federal a fim de debater o endividamento dos agricultores gaúchos. Conforme Marangon, foi estipulado prazo de três meses para apresentação de proposta viável para colocar em prática pela União, em defesa dos produtores.
Quem também participa do movimento em apoio aos produtores rurais é a Federasul – Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul. Domingo, 08, às 6 horas e 30 minutos, o presidente da Federasul, Rodrigo Souza Costa, vai falar sobre o tema no programa Progresso Rural da RPI. Ele vai ressaltar, que a produção primária gaúcha é o motor de todos os outros setores, o que impacta em empregos e arrecadação. Além de prorrogação de débitos e novos recursos financeiros para seguir com a produção, Rodrigo Souza Costa frisa que a Federasul sugere a organização de um modelo de gestão de crise, por exemplo, com levantamento sobre a estrutura dos agricultores, como maquinários, e planejamento para enfrentar futuros problemas de clima.