Amuplam irá propor Marcha a Brasília em defesa da securitização da agricultura

11 de junho de 2025

A Amuplam – Associação dos Municípios do Planalto Médio – vai propor que a Famurs – Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul – promova Marcha a Brasília em defesa da securitização das dívidas dos agricultores gaúchos.

A sugestão vai ser apresentada durante reunião da Famurs, na próxima segunda-feira à tarde, na sede da entidade, em Porto Alegre. A proposição da manifestação na Capital Federal foi tomada hoje pela manhã, em encontro promovido pela Amuplam no auditório da ACI – Associação Comercial e Industrial de Ijuí. Participaram prefeitos, vereadores, presidentes de sindicatos ligados à agricultura e produtores de Ijuí e região.

O objetivo da Amuplam é que haja a participação do maior número de prefeitos, vices e vereadores gaúchos na Marcha a Brasília, visto que são muitos municípios afetados com frustrações das últimas safras em razão de problemas climáticos, como ocorreu em função da estiagem da safra de verão 2024/2025, que levou à quebra no rendimento da soja e demais prejuízos. Além disso, segundo o presidente da Amuplam e prefeito de Jóia, Dionei Lewandoswski, mesmo municípios que dependem menos da agricultura, como Porto Alegre e região Metropolitana, também sentem reflexos, visto menos recursos financeiros que chegam aos caixas das prefeituras por conta da redução da produção agrícola.

Aliás, prefeitos presentes na reunião desta manhã na ACI ijuiense falaram sobre menor retorno de dinheiro às istrações municipais, em razão de queda do PIB – Produto Interno Bruto. Isso impacta em serviços prestados à população, por exemplo, saúde e demais segmentos. Já referente às manifestações de agricultores, que ocorrem na região e outros locais do Estado, também em defesa da securitização, ficou definido que os produtores são livres para integrar os movimentos.

Ijuí não deverá ter protestos. Agricultores de Jóia participarão de manifestação, segunda-feira que vem, em Santo Ângelo. A securitização propõe prorrogação de dívidas rurais por 20 anos, com juros de 1 a 3%. Vários financiamentos estão vencendo e muitos produtores estão descapitalizados para fazer o pagamento. A resolução dos últimos dias do governo federal que prorrogou débitos deste ano dos agricultores não é suficiente, visto constantes perdas agrícolas. Abaixo, áudio de Dionei Lewandowski.